Quanto é o resgate?
Eu pago.
Eu vago por um mundo perdido.
Sem você, sem sentido
Dói viver longe.
Casto, como um monge.
Louco, como um desgovernado bonde.
Uma pedra rolando montanha abaixo.
Sem saber onde me encaixo.
Por caminhos tortuosos
Pesadelos monstruosos.
Nos quais você não existe.
Ainda assim, meu amor resiste.
Mesmo quando acordo e vejo, triste
Que você não está ao meu lado
Você com quem deveria estar abraçado
Está distante
Sequestrada por medos errantes
Falsas seguranças, falsos diamantes.
Por isso, pergunto: quanto é o resgate?
Eu pago.
Para não viver em um mundo perdido.
Sem você, sem sentido.
Pago o resgate, ou morro tentando.
Aldo Novak
Membro da Academia Guarulhense de Letras
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