sábado, 19 de maio de 2012

Escuto tuas lágrimas


Escuto tuas lágrimas caindo ocultas
E em noites de estranha insônia
Te molham  travesseiros.
Lágrimas que, como chuva,
Correm pelas telhas que recobrem
Profundos desejos tocados por ilusórios pedreiros


Vejo tuas esperanças de menina
Através do sorriso doce
Ainda que distante.
Muito distante.
Mesmo que nessa ausência
Forçada e cheia de erros,
Se faça eterna a tua presença.

Sinto que
Tuas gavetas
Da alma guardam
Dores não reveladas
Algumas, já filmes queimados.
Outras,
Pensamentos embaralhados.

Sinto as janelas
De teu coração
Cerradas. Confusas.
Ora vivendo mentiras alegres,
Noutras esperanças perdidas, moribundas.
Em tais momentos,
Te vejo enfrentando verdades chorosas.
Verdades doídas
Longe de calmas, tempestuosas.

Ainda assim, te amo.
E, mesmo que do outro lado do mundo,
Mesmo com oceanos de diferença,
Em planetas de diferentes universos,
Há uma pessoa.
Que te pertence.
E que te quer.
Hoje. Sempre.

Aldo Novak


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