sexta-feira, 4 de junho de 2010

Monge pirata

Será que lembro
Como é ser amado?
Será que recordo
Como devo te amar?

Me pego às vezes
Dormindo ou acordado
Lembrando que esqueço
Como era sonhar

Sabendo que outrora
Estando ao seu lado
Seria tão fácil
Te complementar



Teu corpo navego
Movido por beijos
Ora em furacões
Ora em descansar

Quem sou este eco
Que escuto distante?
Sou pirata, sou monge?
Preciso lembrar

Os dias me trancam
Como em calabouços
Me vejo perdido
Me sinto afundar

Corrente me ancora
Ao seu coração
Mas não sei se sou
Herói ou vilão.

Talvez reencontre
O mapa perdido
Ou talvez me perca
No fundo do mar.

A mim não importa
O fim dessa história
Pois que todo final
É um recomeçar.

Mesmo nau à pique
Não acaba comigo
Um monge pirata
Sempre existirá.

Cardumes me cercam
Tubarões me evitam
Sereia me busca
Eu vou te encontrar.


Aldo Novak

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