sábado, 19 de fevereiro de 2011

Vagas Luzes

No vago lume
De um vaga-lume
Lamento a vaga
Que vive em voga
Vagando em mim
Ano após ano

Meu coração
Que é um largado
Bem lá no fundo
Abandonado
É vagabundo
E vaga solto
No vago mundo

Por vezes penso
Não existir
Em outras sinto-me
Um moribundo


Às vezes vejo
A luz que brilha
Mas que se apaga
Antes que a pegue
E que me foge
Se ao brilho apego
Desaparece
Quando me entrego

E a luz que brilha
No verde vago
Do vaga-lume
Vagueia livre
Em sua vaga
No lume livre
Do vaga-lume
No vago lume
Do meu amor

Te vejo sempre
Pois sei que brilha
Mesmo apagada
Por isso, espero
Na noite escura
Por que te quero
Meu vaga-lume
Pra ver seu brilho
Te ter,
pra sempre,
Te ter,
amada.


Aldo Novak

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