No vago lume
De um vaga-lume
Lamento a vaga
Que vive em voga
Vagando em mim
Ano após ano
Meu coração
Que é um largado
Bem lá no fundo
Abandonado
É vagabundo
E vaga solto
No vago mundo
Por vezes penso
Não existir
Em outras sinto-me
Um moribundo

Às vezes vejo
A luz que brilha
Mas que se apaga
Antes que a pegue
E que me foge
Se ao brilho apego
Desaparece
Quando me entrego
E a luz que brilha
No verde vago
Do vaga-lume
Vagueia livre
Em sua vaga
No lume livre
Do vaga-lume
No vago lume
Do meu amor
Te vejo sempre
Pois sei que brilha
Mesmo apagada
Por isso, espero
Na noite escura
Por que te quero
Meu vaga-lume
Pra ver seu brilho
Te ter,
pra sempre,
Te ter,
amada.
Aldo Novak