terça-feira, 1 de setembro de 2009

Curvas

Na curva crua
da estátua nua,
toalha seca de folhas soltas,
te cobrem seios, curvas e voltas.
Te rompem loucos.
Te roubam roucos.
Suor de amor, gotas de sangue.
Orvalho. Vida.
Gata o agarro,
pêlos molhados, sonhos mostrados
Pelo que vejo – ou que não vejo.

Não mais te vejo.
Não mais te beijo.
Não mais te sonho como sonhava.
Não mais me queixo.
Não mais me deixo.
Não mais me sinto ser seu amado.


Pois que,
Na curva crua
da estátua nua,
meu corpo envolve teu corpo solto.
Te cubro seios, curvas e voltas.
Te roubo louco.
Te torno rouca.
Te vejo louca de mim agora.

Agarro a gata
me entrego à ti.


Aldo Novak

(c) todos os direitos reservados.

2 comentários:

Unknown disse...

Um blog maravilhoso, amei todos os poemas. parabéns.

Aldo Novak disse...

Obrigado, Joyce! Você é muito gentil.