sexta-feira, 10 de maio de 2013

Seu Olhar


Há pessoas que olham as mesmas cenas
Os mesmos rostos;
As mesmas lágrimas;
Mas enxergam o que ninguém mais enxerga.

Se a cena tem pouca iluminação
Abrem o diafragma
Diminuem a velocidade
Ou apenas aguardam a volta do Sol
Se a vida está obscura, também.
Vão devagar, mas não param.


Essas pessoas – essas raras pessoas
Trocam o filtro e mudam as cores de seus dias
Sentem beleza nos sorrisos alheios
Conforto nas rugas de felicidade
Esperança no contínuo nascer do Sol

Sofrem mais que os outros
Porque buscam o ideal
Se a imagem não é a certa
E a vida não segue viva
Seu dia é um temporal
Sua dor é visceral

Por isso são especiais
E, no fundo, muito diferentes.
Acham-se um pouco estranhas
Um tanto fantasiosas ou,
talvez – pensem – incoerentes.
Para alguns, talvez sejam bobas.
Para outros, até indecentes.

Mas assim são.
Olham o que todo mundo olha
E veem o que ninguém mais vê
Há nelas um desconforto
Um delicioso desconforto
Em sua infinita busca da próxima imagem
Da construção de uma vida que tenha mensagem
No retoque humano da mais bela paisagem
Por uma alma como esta, vale a pena viver.
E, se preciso for,
Vale a pena morrer.

Você tem este olhar.


Aldo Novak
Membro da Academia Guarulhense de Letras
Aproveite e leia este e outros textos, publicados anteriormente, visitando o blog Rascunhos do Tempo.



domingo, 5 de maio de 2013

Se você não vier eu vou

Venha. Venha. Venha para meu mundo.
Agora o momento chegou.
Se havia dúvida, acabou.
Se você não vier, eu vou.



Aldo Novak
Membro da Academia Guarulhense de Letras
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