domingo, 14 de novembro de 2010

Lua Lenta

Lua Lenta

Os raios da Lua Lenta
Douram seu corpo no escuro
Te tocam a alma
- e juro
Fazem de mim seu vassalo
As ondas do mar que avançam


Beijam sua pele
- te amam
Vivem do amor, mas reclamam
Não te possuem,
- só te tocam
E eu,
quem sou eu?
- sou um mago
Prisioneiro enfeitiçado
Neste jogo, só um dado
Esquecido,
Posto ao lado
Na verdade,
Um mago vago
Um poeta acabado
De coração arruinado
Se amante, desejado
Se amor, abandonado
No fundo um cavalo xucro
Do meu grupo desgarrado
Olhando a Lua e seu brilho
Teimando em ser seu amado