segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Fragmentos


Sei que está lá.

Como fragmentos
de um caleidoscópio perfeito
se mostrando aos poucos
pra mim.

Se escondendo em outros.
Dizendo que sim, existe,
Esteja eu alegre ou triste



Vejo partes de você.
Fragmentos.
Estilhaços.
Como estranhas peças
partidas
de um quebra-cabeças
perdidas
São imagens escondidas.

Vejo teu olhar em quem cruzo por ruas
Olho teu corpo n´outras nuas
Ouço tua voz nos murmúrios que escuto
E que reluto em ouvir.
Sentir.
Admitir.

Vejo soltos pedaços de você
Por cada outra pessoa que passa
Cada verso que ressoa e disfarça
Seja em texto ou sinal de fumaça

Essa é você em fuga
Do Universo, e de mim, escondida.
Como que uma reles bandida
Ladra perfeita do ouro levado da vida
Que a riqueza divide
pra não ser reconhecida

Como fragmentos
de um caleidoscópio perfeito
se mostrando aos poucos
pra mim.

Se escondendo em outros.
Dizendo que sim, existe,
Esteja eu alegre ou triste.

É lá que você está.
Lá, aqui, todo lugar.
Sintomas de um amor.
Amada.
Na prisão aprisionada.

Teus fragmentos já amo.
É a inteira que reclamo.
Resta agora te encontrar
Só não sei ainda o lugar.

Mas o futuro, já tramo:
Te encontrar e te prender.
Te agarrar e te amar.


Aldo Novak





quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Uma estrófe

Beijo, com doce volúpia,

a nuca quente e desnuda da realidade imortal.

Singro de seu corpo as fronteiras.

Mapeio proibidas barreiras

Sem regras, irracional.


Aldo Novak